O Jo trouxe de casa Not My War – a nova música que temos trabalhado nos ensaios. Foi complicado retomar os trabalhos: primeiro, porque não ensaiávamos há muito tempo e depois, porque entramos logo a matar, espremendo os cérebros de todos com uma música nova…Por isso, o primeiro ensaio foi tenso, com cada um puxar para cada lado, sem que houvesse grande preocupação com o resultado. O facto de ter sido a um domingo poderá explicar alguma coisa. O segundo ensaio correu melhor. Bastante melhor. Houve espaço para interiorizar a ideia e a estruturas originais. Not My War retoma um som mais rock, com as guitarras a assumirem o papel principal durante toda a música.
It feels like no one’s there for me
But I try to find
A away to set me free
pd
Finalmente chegou.A ânsia de lhe tocar era enorme, queria ver se realmente era aquilo que pretendia. Custou, mas veio e espero que me acompanhe durante muito tempo.
Um som mais rebelde (agora percebo o nome que lhe deram) do que o que estou habituado, mas com tempo acho que a vou domar, falo-vos da minha Fender Toronado.
concerto no rock in taipas
0 Comments Published by paulo dumas on sexta-feira, maio 05, 2006 at 7:30 da tarde.
Foi lançado o desafio à banda para tocar no Rock in Taipas. Foi com alguma surpresa que se processou a nossa chamada. A banda ponderou e assumiu de novo o risco e a responsabilidade – trabalharemos no sentido de dar o nosso melhor espectáculo.Agora sim: os Delta Works estarão a abrir a noite de 17 de Junho.
Tentaremos partilhar aqui o trabalho que até lá vamos desenvolvendo.
Começa tudo com o primeiro choro, a primeira de todas as experiências de vida. As primeiras vezes têm uma magia especial. Mas antes de tudo, por o acto primeiro ser o início de algo que se desconhece, há um receio latente. O risco e a incerteza.Saímos da sala de ensaios confiantes. Talvez nunca tenha sentido uma tão forte união entre nós, como se nos quiséssemos proteger uns nos outros. Este concerto foi importante. Não só por ser o primeiro, mas também por não sabermos que impacto teria o nosso som e a nossas palavras nos que iriam ouvir.
A subida do Delta fez-se sem hesitações. A viagem sem sobressaltos. Devo confessar que não me lembro de grande coisa, após me terem dado o derradeiro sinal para começar. Lembro-me dos erros que me interrompiam a letargia. Lembro de sombras que se moviam à minha frente, sem que dedicasse tempo a perceber a quem correspondiam as formas. O silêncio. Lembro-me do silêncio. Obrigado pelo silêncio.
As respostas depois do silêncio foram de surpresa. Curiosidade de saber como tinha sido a experiência à qual cheguei com atraso para assistir.
Foi o nosso primeiro concerto. Foi bom ter lá estado. Outros se seguirão, isso é certo. Não sabemos ainda nem onde, nem quando. Sei que, de certeza, vamos chegar todos atrasados para assistir ao nosso concerto. Mas espero que vá alguém para, no fim, me contar como foi.
.pd.
Está confirmado.Fazendo cobro a alguns boatos e a muita tinta que tem corrido sobre o assunto, os Delta Works actuarão no próximo Rock on Rio. O grupo taipense dividirá o palco com Roger Water, mítico líder dos Sink Floyd e com Carlos Sant'ana.
Entre as condições impostas pela banda estão o corte do bigode de Sant'ana e que Rui Guloso (também no palco nessa noite) cortasse as unhas dos pés. Estes requisitos foram garantidos pela organização do evento, após difíceis negociações.
“A Arte é manipuladora"
David Cronenberg – realizador de cinema.
.pd.
